sábado, 9 de julho de 2011

Materiais de Apoio à Educação Especial

Emuladores de rato – Têm registado maiores avanços tecnológicos. Desde os capacetes com apontador (altamente exclusivos), passando pelos ratos de cabeça (head way), até às micro-câmaras capazes de seguir os movimentos de cabeça (head tracker), ou mesmo da íris, já se fez um percurso enorme. Os ratos actuais são completamente inclusivos, existindo mesmo jogos que funcionam utilizando a mesma tecnologia, em vez do rato tradicional.

Teclados virtuais – Estão associados a técnicas de varrimento, possibilitam o controlo total de um computador através de um simples computador. Quando aliados a um preditor de palavras, como são o caso do Eugénio, a tarefa de escrever torna-se fácil, mesmo utilizando um único computador.
Um preditor de palavras pode ter dois objectivos: O Eugénio analisa a vizinhança do cursor e sugere um número configurável de palavras que, na sua opinião, são mais relevantes no contexto. Este agente foi concebido para acelerar o processo de escrita a pessoas com limitações motoras. Caso o predito de palavras esteja a ser usado para acelerar a escrita, quando a palavra pretendida surgir na lista de palavras preditas, o utilizador pode completar a palavra automaticamente.
O Eugénio, além de ser um teclado virtual configurável para utilizar diferentes formas de varrimento, possui também a facilidade de leitura quando utilizado em conjunto com um sintetizador de fala compatível com a interface SAPI4.



Teclado de Conceitos – Periférico de entrada que funciona como alternativa ao teclado convencional ou em conjunção com ele e/ou rato. É também uma alternativa à forma tradicional de inserir informação no computador, substituindo em muitos casos com vantagem, o teclado e/ou rato, tornando-se extremamente úteis para crianças mais novas e para aprendizes com necessidades educativas especiais, facilitando e promovendo a aprendizagem, a interacção, a discussão e a descoberta, através do duplo afeito visual de ecrã e das lâminas do teclado. Estas lâminas podem ser elaboradas pelo professor ou educador, de acordo com o tema e o programa que está a ser explorado, recorrendo a caracteres alfanuméricos, símbolos ideográficos ou ícones.

Softwares Educativos

Os programas a seguir apresentados são direccionados para profissionais de educação especial, bem como pais e educadores em geral.

Hagáquê
É um software educativo de apoio à alfabetização e ao domínio da linguagem escrita. Trata-se de um editor de histórias em banda desenhada, composto por um conjunto de imagens com os diversos componentes para a construção de uma banda desenhada (cenário, personagens, etc) e vários recursos de edição dessas imagens. A presença do som é encarada como um enriquecimento da Banda Desenhada criada no computador.


CobPaint
Programa de desenho simples, destinado a crianças com necessidades educativas especiais que não são capazes de utilizar o Paint ou outros softwares de desenho.
É constituído por um interface, botões de grande dimensão e um estojo de ferramentas básicas onde constam três lápis, dois baldes de cores, uma borracha e cinco cores opcionais.
O programa tem a função de guardar automaticamente as imagens na pasta do programa (cobpaint), sem existir a necessidade de o utilizador atribuir um nome ao documento.

Globus
Programa que realiza a representação gráfica no ecrã da voz emitida num microfone. Útil para estimular a fala.



Text Alound
Programa que permite sintetizar e gravar a fala a partir do texto. Pode ser utilizado como auxiliar de leitura de textos, correio electónico, páginas web, livros em formato digital. Destina-se a pessoas com deficiência visual, mental ou dislexia. Pode também ser utilizado como ferramenta de comunicação aumentativa, por parte de pessoas com dificuldades de comunicação verbal.

Falador           
Programa que lê os textos em português e apresenta, simultaneamente no ecrã, a imagem dos lábios a movimentarem-se. Pode ser utilizado para estimular a aprendizagem da escrita e da fala.

Língua Gestual
Língua através da qual parte da comunidade surda em Portugal comunica entre si.

Imagina
Integra a nova geração de linguagem logo. Tem como principais funções a possibilidade de realização de desenhos e animações, o desenvolvimento de aplicações para a internet, a composição e exploração de peças musicais, a utilização de um sintetizador de voz, a criação de aplicações multimédia em formato EXE.
Destina-se a estudantes, professores, programadores e investigadores.

Sistemas de Comunicação Aumentativa e Alternativa


 
Quando falamos em comunicar, surgem na memória designações como “pôr em comunicação; participar, fazer saber; transmitir-se; propagar-se”. A pluralidade destes enunciados evidencia não só a diversidade do seu significado, como as diferentes utilizações que o mesmo pode apresentar.
            As tecnologias e o seu constante aperfeiçoamento, originaram, consequentemente, uma evolução nos meios de comunicação, uma vez que na sociedade actual, esta detém um papel preponderante e imprescindível no dia-a-dia. Desta forma, é imprescindível e necessário que todos os indivíduos obtenham a mesma possibilidade de acesso à comunicação. No entanto, nem sempre esta tarefa surge facilitada, quando pensamos nas dificuldades de algumas crianças com necessidades educativas especiais, onde a comunicação surge, muitas vezes, limitada ou dificultada pela patologia apresentada.
            Com base nesta preocupação, surgem as TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), que permitem a possibilidade de ultrapassar alguns obstáculos possibilitando a igualdade de oferta das mesmas oportunidades melhorando, consequentemente, a qualidade da educação dos alunos com NEE.
            Assim sendo, e com vista à integração das crianças com nee (necessidades educativas especiais) na comunidade escolar e na sociedade, surgem alguns sistemas de apoio destacados de seguida, como os sistemas de comunicação alternativa e aumentativa, “Uma área de prática clínica que pretende compensar (temporária ou permanentemente) os défices e dificuldades de indivíduos com perturbações severas da comunicação” (1989, p.107 em Beukelman e Mirenda, 1998:3).

Sistemas de Comunicação Alternativa e Aumentativa
            Os sistemas de comunicação Alternativa e Aumentativa têm sido frequentemente utilizados na educação especial como forma de acesso à informação, comunicação, integração e autonomia.
            Entre os sistemas mais conhecidos, destacam-se:
·         PIC (Comunicação por ideogramas e pictogramas)
·         SPC
·         BLISS
·         BRAILLE
·         MAKATON
·         SDP (Speaking Dynamically Pro)
·         Entre outros…

Sistema PIC (Comunicação por ideogramas e pictogramas):

            O Sistema PIC (Pictogramas Ideogramas para a Comunicação) teve a sua origem no Canadá, onde foi concebido no ano de 1980 por um Terapeuta da Fala, de seu nome Subhas Maraj.
            Consiste na utilização de desenhos estilizados que formam silhuetas brancas sobre um fundo negro.
            Actualmente, existem cerca de 1300 signos PIC. Este sistema não apresenta muitas dificuldades na sua utilização, sendo encarado como de fácil compreensão, no entanto, é considerado limitado pela existência de apenas 400 signos PIC na versão portuguesa. A construção de novas palavras ou a formação de frases nem sempre é considerada fácil.
            Destina-se sobretudo a ser utilizado por crianças que apresentem dificuldades de visão, uma vez que o branco no fundo preto apresenta um contraste mais relevante, bem como a portadores de deficiência mental, e com problemas de comunicação.

Sistema de comunicação criado no início dos anos 80 pela fonoaudióloga americana Roxanna Mayer Johnson. Composto por um conjunto de símbolos difundido no mundo inteiro, formam um sistema de comunicação completo, originalmente desenhados para criar, rápida e economicamente, recursos de comunicação consistentes e com acabamento profissional.

Este sistema de comunicação é composto por desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento, destinados a usuários de qualquer faixa etária. Encontram-se divididos em seis categorias de palavras: social, pessoas, verbos, descritivo, substantivos e miscelânea. São facilmente combináveis com outros sistemas de símbolos, figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados, extremamente úteis numa grande variedade de actividades e lições.
Este sistema de comunicação encontra-se disponível através de softwares como o Boardmaker.
O Boardmaker é um programa de computador que contém um conjunto de dados gráfico com mais de 4.500 Símbolos de Comunicação Pictórica - PCS.




Sistema SPC (Símbolos de Comunicação Pictórica) :
            Sistema de comunicação criado no início dos anos 80 pela fonoaudióloga americana Roxanna Mayer Johnson. Composto por um conjunto de símbolos difundido no mundo inteiro, formam um sistema de comunicação completo, originalmente desenhados para criar, rápida e economicamente, recursos de comunicação consistentes e com acabamento profissional.
            Este sistema de comunicação é composto por desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento, destinados a usuários de qualquer faixa etária. Encontram-se divididos em seis categorias de palavras: social, pessoas, verbos, descritivo, substantivos e miscelânea. São facilmente combináveis com outros sistemas de símbolos, figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados, extremamente úteis numa grande variedade de actividades e lições.

Este sistema de comunicação encontra-se disponível através de softwares como o Boardmaker.
O Boardmaker é um programa de computador que contém um conjunto de dados gráfico com mais de 4.500 Símbolos de Comunicação Pictórica - PCS.


Sistema Bliss:
            Os signos Bliss foram criados e estudados por Charles Bliss. É formado por 100 signos básicos que se podem combinar para formar novas palavras.
            As tabelas de comunicação com signos Bliss, consistem, normalmente, numa mistura de signos básicos e combinações convencionais de signos.
Os signos básicos e os signos combinados permitem a construção de frases. Bliss sugeriu uma sintaxe especifica para o sistema Bliss, mas nada impede que cada pessoa utilize a ordem de palavras que desejar. Na maioria das vezes, utiliza-se uma ordem o mais aproximada possível com a língua falada pela comunidade do utilizador.
            O sistema de signos Bliss é o sistema gráfico mais avançado disponível para pessoas não falantes.   




Sistema Braille:
            O sistema Braille foi criado pelo francês Louis Braille que perdeu a visão aos três anos de idade e criou o sistema aos dezasseis.
            É um processo de escrita e leitura baseado em sessenta e quatro símbolos em relevo, resultantes da combinação até seis pontos dispostos em duas colunas de três pontos cada. É possível realizar-se a representação de letras, algarismos e sinais de pontuação. Este sistema é destinado a indivíduos com cegueira e/ou com baixa visão, e a leitura é efectuada da esquerda para a direita, através do toque de uma ou duas mãos ao mesmo tempo.



Sistema Makaton:
            É um programa de linguagem completo que inclui um corpo de vocabulário básico ensinado com o recurso a gestos e símbolos em simultâneo com a fala e pressupõe a utilização de estratégias estruturadas de ensino.
            É constituído por 350 vocábulos / palavras / gestos distribuídos por oito níveis de complexidade crescente.
            O número de vocábulos é restrito, evitando assim a sobrecarga de memória.
            Mesmo nos casos em que a capacidade intelectual para a aprendizagem e memorização é reduzida e, desse modo, não consigam verificar grandes evoluções para além dos estados iniciais.
            Este sistema permite à criança ter uma alternativa à comunicação, de forma muito útil ainda que bastante limitada.
            Destina-se a crianças com bastantes dificuldades de aprendizagem, como é o caso dos autistas, uma vez que utiliza estímulos visuais, auditivos e gestuais.

Sistema SDP (Speaking Dynamically Pro):
            Transforma o computador num recurso eficaz de educação e de comunicação alternativa. É um programa fácil de utilizar e que trabalha integrado ao Boardmaker, permitindo criar inúmeras e actividades interactivas educacionais e de comunicação com acessibilidade total.

            Permite criar pranchas de comunicação interligadas com funções programáveis nas suas células. Esta função do programa permite interligar as pranchas entre si (como links das páginas da Internet), fazendo com que uma célula/tecla abra uma nova prancha temática no ecrã do computador.
            Possui mais de cem funções programáveis que permitem escrever e editar textos na Área de Mensagem, abrir programas, exibir filmes e reproduzir arquivos de som, fala e música.